terça-feira, 14 de setembro de 2010

Feliz Lusitânia


Do sol o rio reflete uma luz.
Nas árvores o vento balbucia
Para ternos casais uma elegia
E a um poema esse instante conduz.

Feliz Lusitânia, se ainda vivo
Fosse Monet, ao te conhecer,
Por certo, imaginaria consigo
Um jeito de pintar-te ao entardecer.

Do revitalizado prédio antigo,
Absorto, tenho nas mãos o antídoto
Que me entorpece os sentidos e a alma.

Ó lindo céu azul, ó rio que acalma,
Ó paisagem de silêncio eloqüente -
Belém antiga, quero-te pra sempre!

Felipe Fonseca
Belém-PA, 14 de setembro de 2010.