quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Meditação


Depois da procela inaudita
Subsiste, em pleno estio, uma desdita
Uma dúvida que impõe sua presença.

Não que deva haver uma sentença
Ou ser apagada alguma cicatriz do corpo cansado.
Porém, ao menos, saber-se inabalado.

Há que se ungir, por agrado,
A santa carne do homem
Réstia de desesperança e incerteza

Há que se entender, após milênios à mesa
Do ser que a vive e consome -
A vida, esse mistério intrincado.

Felipe Fonseca
Belém-PA, 08 de dezembro de 2010.

foto: Leonardo Cerqueira de Melo em

3 comentários:

Marcelo Araujo disse...

muito bom. 🥰👍🏻

Rafaelle disse...

Te amo ❤️

Felipe Fonseca disse...

Obrigado, Marcelo!
E obrigado minha amada esposa! Também te amo!