
Acorda amor, abre a janela.
A chuva fina que molhava o batente
Almejando encontrar teu rosto cansado,
Com o tempo, se esvaiu.
Já não mais águas do céu caem,
Nem lágrimas dos teus olhos.
O sol, aos poucos, se mostra por trás da última nuvem cinza,
Aquece as águas das folhas, a terra úmida,
E ilumina teus cabelos dourados.
Amor, desperta:
Vem ver as flores se abrindo e a vida que insiste;
Vem cantar uma canção com os pássaros
E sentir o perfume da rosa.
O sol nasce a cada manhã e
As folhas mortas e secas são o estrume
Da árvore que cresce
E da flor que se abre na primavera.
Felipe Fonseca
Belém-PA, 29 de dezembro de 2010.