sexta-feira, 21 de maio de 2010

Faces


Quando menina,

És pétala de flor,

És fruta fresca,

Doçura suave deixada na boca.


Se mulher,

És ímpeto e vigor,

Onda de mar agitado

A penetrar em corações de rocha.


És, então, tempestade:

Nuvens preenchendo o imenso vazio de meu céu;

Trovão rompendo o silêncio de meu querer;

Relâmpago iluminando meu cantar.


E és, igualmente, um rio calmo,

Banho de cachoeira,

Passeio de mãos dadas em campos de girassóis.


E te sabendo assim - em duas faces:

Serena e forte,

Rápida e meiga,

Amante, amiga


Que me falta ainda descobrir?

Que mais em ti posso querer,

Se és menina e és mulher

Em meu cantar, em minha vida?


Felipe Fonseca

Belém-PA, 11 de dezembro de 2002

Um comentário:

Angelita Francis disse...

Eu lembrei com carinho deste poema.
Foi o primeiro que me mostraste e ele é
tão lindo, tão sonoro, tão doce.
Poesia doce essa sua hein?!
Te desejo as melhores aventuras bloguísticas.