quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Folhas secas


Acorda amor, abre a janela.
A chuva fina que molhava o batente
Almejando encontrar teu rosto cansado,
Com o tempo, se esvaiu.
Já não mais águas do céu caem,
Nem lágrimas dos teus olhos.
O sol, aos poucos, se mostra por trás da última nuvem cinza,
Aquece as águas das folhas, a terra úmida,
E ilumina teus cabelos dourados.
Amor, desperta:
Vem ver as flores se abrindo e a vida que insiste;
Vem cantar uma canção com os pássaros
E sentir o perfume da rosa.
O sol nasce a cada manhã e
As folhas mortas e secas são o estrume
Da árvore que cresce
E da flor que se abre na primavera.

Felipe Fonseca
Belém-PA, 29 de dezembro de 2010.

3 comentários:

Rafaelle disse...

Que lindo! :)

Elvira disse...

Essas folhas secas são como todos os dias da minha vida... Mais uma vez a tua poesia colorindo momentos do meu cotidiano. Um beijo grande amigo.

Angelita Francis disse...

O amor do passado secou e tem um novinho em folha aí pra ti. Isso mesmo Fê! Desabrocha para o amor!
Lindo como sempre.